O tratamento do câncer de mama e ginecológico tem aumentado a sobrevida das mulheres. Contudo, as morbidades decorrentes da terapêutica oncológica, podem repercutir negativamente no prognóstico funcional e na qualidade de vida. Desta maneira a Fisioterapia tem um papel fundamental na prevenção e na reabilitação no pós-operatório do Câncer de Mama e do Câncer Ginecológico (mastectomia, com ou sem esvaziamento axilar e esvaziamento inguinal) com redução das seguintes complicações:
- Alteração da sensibilidade (dor, formigamento, aderências cicatriciais)
- Sintomas de peso do mesmo lado da cirurgia, inchaço (linfedemas)
- Restrição do movimento do ombro e da cintura escapular com perda de força muscular
- Desvios posturais e alteração da imagem corporal
Como fisioterapeuta voluntária do serviço Ambulatorial de Mastologia do Hospital das Clínicas de Belo Horizonte (UFMG), percebo que a maioria das mulheres fica insegura e com medo de movimentar o braço após a retirada do dreno, sendo as seguintes orientações para esta fase:
- Incentivar a respiração diafragmática, posteriormente, os exercícios com o membro superior homolateral a cirurgia, de maneira consciente e lenta, iniciar deitada, evoluir para sentada e por último de pé, após o controle do movimento da cintura escapular e do quadril.
- Automassagem linfática (estímulo dos gânglios linfáticos na região axilar e inguinal para prevenir acúmulo de líquidos e o inchaço do braço)
- Massagem na cicatriz para evitar aderências
- Orientações quanto aos cuidados com o braço (sinais e sintomas iniciais do linfedema)
- Avaliar o uso de malha compressiva
Caso desenvolva um lindefema iniciar o tratamento da linfoterapia que consiste de drenagem linfática, enfaixamento compressivo e exercícios linfomiocinéticos.